Mariam Mendonça

Mariam Mendonça

Sobre o Blog

Este blog tem como objectivo principal a divulgação do meu percurso pela Dança Oriental tal como toda a sua cultura inerente. Visa também ser um ponto de encontro para todos os amantes desta dança. Aqui podem encontrar documentos de investigação, páginas sobre eventos, receitas Árabes, etc.

SEJAM BEM-VINDOS E PARTICIPEM

YALLAH!!!

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Filipa Nawaar;

domingo, 29 de agosto de 2010


FILIPA NAWAAR

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Natacha Atlas a artista que me acompanhou mentalmente e musicalmente o dia inteiro. Para nós as profundamente apaixonadas (pela dança ou pelo oriente ou pelo que for ou porque sim)
RESPIREM Maria*

Odalisca informática - Uma saga de dar a volta aos miolos

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Odalisca informática - Uma saga de dar a volta aos miolos:(

WEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE Já temos o nosso blog todo giro e com look trés chic, very pink, rosa até nos encher a vista... Bem esperemos que seja definitivo! Ou talvez não pois quando queremos ser melhor do que somos a mudança parece ser naturalmente inevitável. E para frente é que é o caminho. Como diria a minha querida Tété "meia bola e força". Bem moral da história: "QUEM QUER FAZ QUEM NÃO QUER MANDA!". É verdade meninas andei semanas, talvez um mês inteiro, a pedir que me ajudassem a mudar o template do nosso blog e ninguém conseguiu fazer realmente como eu o queria. Isto porque, segundo consta, os objectivos que tenho para ele estendem-se a algo mais do que um mero blog e na opinião dos meus amigos experts em informática a coisa complica-se um bocadinho: "Ah e tal isso é html, eu não trabalho com isso", ou então, "Pois por aquilo que me estás a dizer o melhor será mesmo fazeres um portal. Só custa uns meros 50€ anuais, fora a manutenção." - "Qual foi a parte de "não tenho dinheiro e não quero ter de pagar a ninguém" que não percebeste?" respondo-lhes com certa frustração... Quer dizer não é que seja uma morte de fome, na verdade ainda não trabalho por conta própria a 100% pois estou a estudar e a trabalhar ao mesmo tempo e o dinheiro que tenho é para pagar os meus estudos e investir na dança (há quem fume, eu danço! Também tenho de ter os meus caprichos!). Para além do mais farto-me muito rapidamente de depender e de estar à espera dos outros para concretizar algo, por isso não se admirem de me ouvir dizer que estou a tirar um curso qualquer sobre como fazer sites ou algo do género. É verdade não estou para estar à espera de NINGUÉM, NÉSUNO, NOBODY para publicitar o meu trabalho. Enfim ofícios de uma freelancer! Se eu vos confessasse que até aos meus 19 anos não tive, não queria e recusava-me a ter um computador talvez não acreditariam mas é a verdade verdadinha. Aos meus 19anos não sabia mexer num computador portanto era infoexcluída. Até que chegou o dia em que tive que me render às evidências e apercebi-me de que eles são essenciais para a divulgação do nosso trabalho. Como tal o meu pai ofereceu-me um portátil e até nos relacionarmos bem um com um outro tivemos que ir beber muitos cafés primeiro... Eu ainda por cima nem bebo café pois é algo que me deixa agitada e isso não é uma coisa muito bonita de se presenciar!!! Apesar de tudo isto aqui me têm desde os primórdios, em que dactilografava os meus trabalhos de escola numa máquina de escrever antiga que o meu avô materno me oferecera, até à actualidade em que, fazendo um esforço sobre-humano, incentivado por uma das minhas maiores características - a teimosia, me vejo perante vós a lutar contra a casmurrice intelectualóide de um código html numa linguagem completamente antagónica à minha... um pouco extraterrestre devo confessar. Mas a vida é assim e mais uma vez afirmo que a paixão é o que nos faz correr por gosto, por isso não cansamos! E foi precisamente a paixão que me levou até ao nosso orientalist new look. O prometido é devido! Bem por hoje é tudo. Aqui vos deixo um videozinho acompanhado da frase do dia, desta vez minha.

MENINA OLHA O UPGRADE!!! É SEMPRE A SUBIR O NÍVEL;)KAKAKAKAKAKAKAKAKAKA

Maria*

terça-feira, 10 de agosto de 2010



AQUI ESTÁ O VÍDEO DO DIA E A MÚSICA QUE NÃO ME SAI DO OUVIDO.

OLÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ

HASTA LUEGO GUAPAS;)

Tabla Solo... O Fogo. O Romance.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010



Tabla Solo... O Fogo, O Romance.
Quando pensamos em Dança Oriental a primeira imagem que nos vem à cabeça é de uma bailarina que se transcende ao som de uma Darbuka. Sem dúvida alguma que a bailarina e a derbake estão intrinsecamente ligadas entre si e em conexão formam, no meu entender, o ex-líbris da Dança Oriental.
Este post será dedicado à ligação existente entre o percussionista e a bailarina, logo por consequência à tabla Egípcia e ao corpo que dança. É sobretudo uma reflexão pessoal sobre a semana de ensaios que antecederam ao espectáculo do dia 26 de Junho.

Para além de ter sido uma semana exaustiva, em que tive que ensaiar o meu solo, ajudar a Teresa a preparar os dela, a dar as suas aulas (pois a Teresa esteve doente), a organizar alguns detalhes para o espectáculo, etc. foi sobretudo uma semana surpreendente. Como referi a Tété esteve doente durante a semana de ensaios mas como sabem no mundo do espectáculo não há quem possa parar o ShowBusiness … “The Show must go one”!!! Por isso os ensaios sobre o solo de percussão, que a Teresa iria apresentar juntamente com o Sérgio, foram feitos por mim e pelo próprio Sérgio. Resultado: Uma MARAVILHOSA aula particular sobre precursão com direito a percussionista e bailarina, só para ensinarem única e exclusivamente a minha pessoa (bem, já estou a ficar convencida!) TCHARAAAAAANNN!!!

Mas vamos voltar ao tema principal deste post: A relação entre a bailarina e o percussionista durante um improviso de tabla. Quando se fala neste assunto a primeira questão que nos surge é a seguinte: Será que o percussionista é quem guia a bailarina ou será que é a bailarina que o conduz?… ou será um jogo de pergunta/resposta entre os dois? Bem meninas, se nos remetermos para o Egipto a resposta é simples - o percursionista segue a Bailariana. Por outro lado há quem defenda outras teorias. No meu entender penso que em Roma devemos ser Romanos pois faz parte de compreender e aceitar  a cultura onde estamos inseridos. Apesar disso o meu bom senso diz-me que são exactamente as três coisas ao mesmo tempo. Confusas?! Não é preciso. Sei que no princípio parece complicado mas não é, aliás nem faria algum sentido se fosse de outra forma. De momento não vos irei falar sobre as estruturas da música árabe e de seus estilos pois essa é uma conversa que para além de ser um pouco complicada “dá pano para mangas”, no entanto posso vos garantir que um solo de percussão, quando tocado de improviso, é composto por 3 momentos, os quais não têm ordem certa para acontecer. Eles são: o momento em que a bailarina indica ao percussionista os movimentos que irá fazer e por consequência o som que quer que ele reproduza (neste caso a bailarina conduz o percussionista); o momento em que o percussionista indica à bailarina o som que irá fazer com o intuito de demonstrar, pondo à prova, as capacidades técnicas, auditivas e musicais da bailarina (aqui quem lidera é o percussionista); e por fim o momento em que surge uma espécie de jogo e de diálogo entre o corpo dançante e o instrumento, no qual existe o tal esquema de pergunta/resposta que pode tanto ser realizado pelo percussionista como pela bailarina, ou seja, ambos podem iniciar este jogo fazendo uma pergunta à qual o outro responde.
Uma outra questão que advém do que anteriormente foi explicado é como é que se relacionam e interagem estes diversos aspectos de forma a resultar numa estrutura coerente, perceptível pelo público, mesmo que seja improvisada? Bem o nosso querido Hossam Ramzy diz que a dança é uma reprodução em 3d do que acontece musicalmente e eu não podia estar mais de acordo. Para fazer algo de improviso seja cantar, dançar ou representar temos, em primeiro lugar, que conhecer e dominar a técnica da arte abraçada. Não é necessário sermos prefeitos pois ninguém o é, apesar de o exigir a mim mesma, e até morrermos estamos sempre a aprender. O que quero dizer é que não se deve começar a construir a casa pelo telhado. Na Dança Oriental assim acontece também. Tanto a bailarina como o percussionista têm de dominar a sua arte e conhecer a do parceiro. A bailarina não pode dançar sem reconhecer, nem que seja só de ouvido, os ritmos que está a ouvir (o que para mim ainda é pouco apesar de ser o mais importante e essencial para quem dança). Em relação ao percussionista esta situação repete-se pois quem toca ritmos árabes, direccionando o seu trabalho para a área da dança, sabe que não o pode fazer sem conhecer visualmente os movimentos da bailarina. Este é o primeiro passo para que um improviso seja bem sucedido. Assim caso haja alguma falha de uma das partes a outra pode sempre apoiar o parceiro sem que toda a estrutura do solo se desmanche ou ainda que algum incidente aconteça estarão por si só em plena capacidade de o resolver. Ambos apoiam-se mutuamente.
A partir daqui tanto a bailarina como o percussionista irão jogar e conjugar estes diversos momentos, algo que pode ser combinado à priori. Fazem-no através de um código corporal e auditivo que pode não ser compreensível para quem está a ver e mesmo entre si pode dar-se a situação de ainda não se conhecer os respectivos códigos mas uma coisa é certa é que toda esta linguagem é percepcionada por ambas as partes. A dança e a música é algo que mexe com os sentidos e se a bailarina ouvir muita música árabe e se o percussionista vir muitas bailarinas a dançar tudo isto ficará registado nos seus cérebros, na sua memória auditiva e corporal, recordando e identificando-os mais tarde através de uma química existente entre o instrumento e o corpo dançante. Por este motivo, a química, muitos percussionistas e bailarinas optam pela exclusividade no que diz respeito à escolha do parceiro com quem actuam pois não existe ninguém que reconheça esses mesmos códigos tão bem como o nosso parceiro. Estes, como disse anteriormente, nem sempre são visíveis para quem vê pois podem ser discretos mas algo deve passar para o público: a química existente entre a bailarina e o percussionista tornando uno o som do instrumento com o movimento do corpo dançante. No meu entender toda a bailarina deve ter a capacidade de se enquadrar com diversos músicos e situações pois este luxo de termos um percussionista só para nós nem sempre é possível mas compreendo que existam os predilectos do nosso coração e com quem gostamos mais de trabalhar.

Como disse anteriormente a química existente entre quem toca e quem dança é muito importante para que o público se sinta envolvido e perceba realmente o que está acontecer em palco. É igualmente importante para o músico e para a dançarina que sejam conscientes um do outro para que todo o mecanismo, estrutura e sobretudo MAGIA inerentes a um solo de percussão possam acontecer em pleno desde os momentos que o contemplam, até à comunicação existente entre bailarina e percussionista, até ao resultado em 3d (e num todo!) e por fim até ao objectivo final que é a comunicação entre artistas, palco e público.
Para finalizar quero apenas referir que tal como Hossam Ramzy referiu num dos seus ensaios sobre a Dança Oriental, o precurcionista é o time kepper, ou seja, o guardador do tempo. É ele quem determina e demonstra tanto à bailarina como á orquestra e ao público quando começam e acabam os diferentes momentos musicais. Por este motivo é ele que quem vai à frente na batuta... como se costuma dizer no Brasil.
Reconheço que, ao analisar o ensaio com o Sérgio alguns destes aspectos estiveram em falha. No entanto devo frisar que tanto para mim como para o Sérgio foi uma experiência quase nova (digo quase pois o Sérgio já actuou com outras bailarinas) sobretudo porque ambos, não conhecendo o trabalho um do outro e sem definir nada à priori, nos deixámos levar pelo amor que temos pela música e pela Dança Oriental. E sem isto nada feito meninas, por isso afirmo "Tabla Solo... O Fogo, O Romance” pois tal como nos romances tem de haver química senão a magia não acontece.

Muitas danças,
Maria*

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