Mariam Mendonça

Mariam Mendonça

Sobre o Blog

Este blog tem como objectivo principal a divulgação do meu percurso pela Dança Oriental tal como toda a sua cultura inerente. Visa também ser um ponto de encontro para todos os amantes desta dança. Aqui podem encontrar documentos de investigação, páginas sobre eventos, receitas Árabes, etc.

SEJAM BEM-VINDOS E PARTICIPEM

YALLAH!!!

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terça-feira, 29 de junho de 2010

Olá a Toda(o)s:
Mais uma vez recebi uma mensagem sobre o nosso blog que não conseguiu ser postada. Aqui vai:

Querida Maria,

Tb n consigo escrever comentários no teu blog! Parece q tenho q ser membro mas nao consigo me inscrever (?!). Aqui está o q iria "postar" relativamente ao teu video:

Dear Maria,
I can see your heart when you dance, I can see your beauty when you dance... never forget that oriental dance comes from the heart, from the soul and you have IT! :)
Keep dancing!
Filipa Nawaar *

Beijinhos!!

P.S.- Quem quiser já pode postar os seus comentários uma vez que já alterei as definições de mensagem.

Maria*

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Cara(o)s Leitora(e)s:
Aqui vai a mensagem que a nossa primeira seguidora, Catarina Duarte, me enviou pelo facebook uma vez que não a conseguiu postar no blog. Como prometido aqui vai:


Catarina Duarte29 de Junho de 2010 às 0:11
Assunto: Blog -
Olá Maria!
Sou seguidora atenta do blog da Joana e quando vi referência ao teu resolvi vir espreitar...e gostei! :)
Achei óptima a motivação do teu blog, porque ainda há (MUITA) gente que desconhece a verdadeira ESSÊNCIA da Dança Oriental.
Ainda há muito aquela ideia de que a Dança Oriental é para seduzir/provocar os homens.E que ser bailarina é muito fácil, é só dar às ancas, mostrar um bocado de pele, sorrir e já está!Bellydancer instantânea!
E isto é só a ponta do icebergue...lol

Danço há 3 anos, e no meu curto percurso já vi e ouvi muito disparate, de forma que acho o teu blog óptimo, não só como fonte de informação para as/os interessadas/os, mas também para ajudar a esclarecer as mentes menos iluminadas! :p
Agora é divulgar! E um obrigado ;)

Beijinhos e boas danças***

ps: escrevo-te por aqui porque no blog não consegui comentar :p

sexta-feira, 25 de junho de 2010



Aqui está o meu primeiro vídeo sobre Dança Oriental... Adivinhem quem é? Sou eu!!! AHAHAHAHA. A primeira vez que dancei em público. Devo dizer que foi uma experiência palpitante (isto para não dizer mesmo traumatizante) pois várias peripécias acontecerem. Quem é a MALUCA que faz a sua primeira apresentação em público a partir de um improviso? NINGUÉM... A não ser que:
1. Seja masoquista... Ou então… O C.D. estivesse a saltar. Logo o que é que se faz?... Arranja-se outro!!!
2. O lenço estivesse a cair. Logo o que é que se faz?... Tira-se o lenço!!! (UI, isto está a ficar bom);
3. No meio desta confusão começasse a tocar METALICA... Não me perguntem como foram lá parar. Garanto-vos que não fui eu que os convidei. Quando os ouvi nem queria em crer - OH MEU DEUS O QUE ME VAI ACONTECER MAIS??? TIRA-ME DAQUI... ALGUÉM ME AJUDEEEEEEE:(
4. Estivesse vestida para dançar um FLAMENCO ÁRABE E NÃO UM PURO ORIENTAL...
- Maria querida não Stresses. Respira fundo e enche-te de Prana. És uma mulher do teatro, tens fibra, estás habituada a imprevistos por isso toca a vestir a camisola pois tens um público a tua frente a pedir um espectáculo - as vezes temos que nos convencer a nós próprias e dar-nos um pouco de alento;)

E foi assim que sai do meu casulo, foi duro mas aqui estou... Podia ter sido melhor?! Se calhar podia mas não era a mesma coisa!!!

Agradeço que façam comentários desde que sejam construtivos/produtivos. Sabem que serão sempre bem-vindos.

Espero que gostem pois para mim este será o primeiro de muitos e terei todo o gosto em que vocês me possam acompanhar desde o primeiro momento... Com defeitos e qualidades.

Maria*

P.S.- OBRIGADAAAAA CATARINA DUARTE POR SERES A PRIMEIRA SEGUIDORA DO NOSSO BLOG. ESTÁS EM CASA, POR ISSO QUALQUER COISA QUE PRECISES É SÓ DIZERES. UM BEIJINHO GRANDE*

Joana Saahirah

segunda-feira, 21 de junho de 2010


O Post da nossa querida Joana
NÃO HÁ COINCIDENCIAS!!! Quem é a primeira estrela a pertencer ao The Bellydance Hall of Fame do nosso blog?! JOANA SAAHIRAH TCHARAAAANNN. Não podia-mos ter começado melhor, pois não?! Eis as razões pelas quais não existem coincidências:

1º Foi através da Joana que recebi a minha primeira CASSETE com musicas de Dança Oriental (a partir daí fiquei completamente apanhadinha de todo!!!);

2º O meu primeiro Workshop foi a Joana que o ministrou (aí ainda fiquei pior);

3º Porque o primeiro post do blog foi dedicado ao Bellydance e quem melhor para o representar e defender, sendo um orgulho Nacional e exemplo de coragem... um pouco de loucura saudável também;), do que a própria Joana?!;

4º Porque é um orgulho estrear o nosso Hall of Fame com o Ouro da Casa;

5º Para mostrar com humildade e simplicidade a quem faz juízos de valor à priori que todo o trabalho, empenho, amor, suor, saudades e talvez algumas lágrimas da parte da Joana são dignas de serem RESPEITADAS E VALORIZADAS.

UM VIVA À JOANA (QUE SEJAS BEM-VINDA) E AO BELLYDANCE!!!

Com carinho e admiração,
Maria*

www.joanamagica.blogspot.com

Galinha no Açafrão

domingo, 20 de junho de 2010


Receitas Árabes (Galinha no Açafrão):

1 galinha grande
4 colheres (sopa) de manteiga
2 cebolas médias
1 dente de alho
1 envelope de açafrão
1 pau de canela
Sal e pimenta-do-reino a gosto
5 xícaras (chá) de água
2 xícaras (chá) de arroz
1/2 maço de salsa
1 colher (sopa) de hortelã seca.
Modo de preparação:
Cortem a galinha em pedaços e dourem-os na manteiga, juntem a cebola e o alho picado, o açafrão, a canela, o sal, a pimenta e a água. Cozinhem até amaciar, retirem e desfiem a galinha. Reservem.
Cozinhem o arroz no caldo de galinha em lume brando, quando estiver pronto, coloquem a salsa e a hortelã.
Coloquem a galinha desfiada numa travessa, rodeada de arroz.

*Para quem não come carne pode utilizar peixe , camarão, legumes, seitã em molho de soja ou tofu fumado (pois têm mais sabor); embora não seja tão tradicional! Se quiserem substituam a manteiga por azeite, o arroz prefiram o integral, ponham pouco sal e não se esqueçam: se optarem por usar seitã ou tofu estarão a misturar dois hidratos de carbono diferentes por isso usem os legumes.

صادق (Bom Apetite)
Maria*

Arroz de Damasco


Receitas Árabe (Arroz de Damasco)

Ingredientes:
1 xícara (chá) de damasco
5 xícaras (chá) de água
1 cebola média
3 colheres (sopa) de manteiga
2 xícaras (chá) de arroz
Sal a gosto.
Modo de preparação:
Fervam o damasco com uma xícara de água durante 5 minutos. Retirem, piquem e reservem.
Refoguem a cebola na manteiga, juntem o arroz, o sal, o caldo de damasco e mais 4 xícaras de água a ferver.
Cozinhem em lume brando durante 15 minutos. Quando o arroz estiver pronto, misturem o damasco, apurando por alguns minutos.
Sirvam de seguida.

*Se preferirem uma versão mais saudável desta receita exprimentem substituir a manteiga pelo azeite; o arroz pode ser integral... e claro pôr pouco sal!!!

شهية طيبة (Bom apetite),
Maria*

Ventre e seus mitos: aumento abdominal e o homem na dança

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ventre e seus mitos: aumento abdominal e o homem na dança

No passado dia 27 de Maio tive a minha última aula de voz deste ano lectivo. Para matar a curiosidade a minha professora, Mariana Norton, pediu-me que dançasse um pouco para que pudesse ver o que era a Dança Oriental. Como uma colega minha também é bailarina, de Dança Clássica e Contemporânea, a conversa acabou por se desenvolver graças ao seu interesse.
Desta conversa duas questões se destacaram. A primeira debruça-se sobre o mito de que a Dança Oriental pode provocar o aumento da zona abdominal. A segunda pergunta surge como uma duvida intermitente: Será a Dança oriental realizada apenas de mulheres para mulheres ou existe somente com o intuito de entreter e seduzir a classe masculina?
Como resposta à primeira pergunta afirmo desde já que a Raqs al Sharqi não contribui de modo algum para o aumento da zona pélvico-abdominal.
Ora vejamos; A Dança Oriental tem raízes muito fortes ligadas às religiões pagãs e ás culturas nómadas que surgiram por todo o crescente fértil. Destas destaco as que se edificaram ao longo do Rio Nilo e as que viviam no Deserto do Sahaara. Umas das principais características da cultura pagã é o culto à Deusa mãe, deidade que personaliza a fertilidade da mulher. Muitos dos rituais realizados em honra desta Deusa incluíam uma forma primitiva e bastante espiritualizada daquilo que hoje em dia é reconhecido como dança. Durante estes rituais era comum o uso de movimentos pélvicos e abdominais, os quais aludiam à fertilidade da mulher, da Terra e da Deusa. Esta deidade feminina é reconhecida como Deusa Terra-Mãe, Deusa Mãe ou ainda a Grande Mãe. Os movimentos preconizados durante estas cerimonias religiosas eram intencionalmente executados com o intuito de preparar a mulher para o parto, tornando-a mais fértil sob a protecção da Deusa Mãe. Por outro lado representavam o parto em si.
Mesmo hoje em dia ainda existem alguns povos, tribos do interior do Marrocos , cujo suas mulheres realizam ritos de fertilidade especialmente durante o parto. Segundo a pesquisadora norte-americana Morroco, as ondulações abdominais consistem na imitação das contrações do parto. Neste momento as mulheres fazem uma roda em volta da parturiente executando um conjunto de movimentos que resultam num complexo trabalho pélvico. Servindo de inspiração e de ajuda, estes movimentos devem ser executados no momento em que a puérpera dá à luz, enquanto a futura mãe fica de pé, realizando também os movimentos das ondulações com a coluna. Estas mulheres são assim preparadas para o parto desde pequenas, através de danças muito semelhantes à Dança do Ventre.
Como pudemos observar a Dança Oriental é naturalmente concebida para o corpo da mulher. Anatomicamente o que distingue uma mulher de um homem são os seus caracteres sexuais secundários, nomeadamente o desenvolvimento do peito e da bacia.
Nas danças do ocidente, em especial no Ballet, é exigido ao corpo feminino que se apresente dentro de certas medidas. Regra geral as bailarinas clássicas não têm o peito, a cintura e o ventre muito desenvolvidos pois os exercícios executados não o permitem. As suas pernas, os seus braços, a sua cintura e o seu peito têm de se inserir num conjunto de medidas pré-definidas. Muitos dos exercícios de Ballet clássico contribuem para que o corpo da bailarina, principalmente se dançar desde criança, se desenvolva dentro destes parâmetros.
Em contra partida a Dança Oriental privilegia as formas femininas pois todo o trabalho executado concentra-se na zona da bacia, no músculo pubococcígeo, na zona abdominal e peitoral. Desta forma enaltece o corpo da mulher contribuindo para que se torne mais curvilíneo, tonificando-o e promovendo o seu desenvolvimento de uma forma natural, especialmente da zona da cintura, do peito e por vezes da pélvis (a tão conhecida barriguinha de Vénus).
No entanto isto não significa que uma bailarina de Dança Oriental tenha que ser voluptuosa, com um colo generoso ou anca larga. Cada corpo é um corpo e o (não/muito/pouco) desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários varia de mulher para mulher. O facto de se começar a dançar muito nova, em especial a partir da puberdade (mais ou menos 14 anos), contribui para que esta situação possa acontecer com uma maior probabilidade.
Gostaria de salientar que ter uma barriguinha de Vénus não quer dizer que uma pessoa seja gorda. Antes pelo contrario esta faz parte da anatomia natural da mulher. Ter uma barriga de Vénus é ter um ventre em forma de gota por isso não implica que se tenha um estômago dilatado ou então o famoso e ilustre “pneu”.
Todos estes preconceitos são alimentados por uma imagem pré-concebida da mulher e da bailarina oriental.
A Raqs al Sharqi promove as formas femininas e não faz crescer seios ou ancas de forma despropositada e muito menos onde eles não existem!!!
Tendo esclarecido esta questão, e espero que bem, irei prosseguir com a próxima pergunta. Será a Raqs al Sharqi uma dança realizada apenas de mulher para mulher ou existe para entreter e seduzir os homens? Podem os homens dançar?
Como puderam observar Historicamente, e em certa parte, a Dança Oriental foi concebida e direccionada para a mulher. Mas isto é apenas uma meia verdade pois não comtempla a História, a importancia e o papel do homem enquanto bailarino.
Por outro lado devo frisar que a Dança Oriental não teve origem num só lugar ou a uma determinada altura. Existem diferentes tipos de dança - folclóricos , clássicos ciganos, etc. que acabaram por acontecer devido a inúmeras situações. Esta que acabo de referir na primeira questão deste post, é apenas mais um dado Histórico deste grande enredo e que esclarece a razão pela qual muitas vezes se diz que a Dança Oriental é apenas e exclusivamente feminina, claro está acrescentando e contribuindo com toda a questão anatómica de que anteriormente falei.
Retomando o percurso pelo qual trilhávamos, refiro que para os Árabes a Dança Oriental é apenas um evento/manifestação cultural. A sensualidade que achamos estar inerente a si é consequência de uma má leitura, onde predominam os retratos Ocidentalizados e de visão vitoriana, romântica e católica, os quais nos impedem, e impediram durante muitos anos, de sermos coerentes no que diz respeito a imparcialidade Histórica.
Da mesma forma que no Ocidente a dança é uma forma de arte ou uma forma de sedução assim também o é no Oriente... e nem por isso ouvimos dizer que o Vira Minhoto, por exemplo, é uma excelente forma sedução!!!
Simultaneamente à situação supra mencionada, e explicando de uma forma linear e prosaica, existiam em ambiências diferentes dois tipos de bailarinas: as Ghawazees (ciganas) que actuavam nas ruas da cidade e que viajavam de país em país numa espécie de espectáculo itinerante; e as Almehs (cortesãs) que se apresentavam nas cortes declarando poesia, tocando musica e dançando. As Ghawazees deram origem às Danças Ciganas; as Almehs à Dança Clássica Egípcia (hoje muito influenciada pelo Ballet Clássico Russo); e as mulheres que do seu seio familiar saíram trouxeram para as ruas o estilo Baladi ou Beledi (que significa natural/nativo de um país/região). Este último estilo de dança é o mais popular (entenda-se mais próximo ao povo) por todo o Egipto e se hoje em dia entrarmos numa casa particular podemos ainda assistir, juntamente com toda a família, a uma dança executada de uma forma informal e desprovida de técnica, aproximando-se assim da sua essência.
Actualmente existem muitos homens que são excelentes bailarinos e professores de Dança Oriental. Contudo esta situação não é novidade! Se estudarmos a formação das primeiras civilizações, passando pela História do Islão, pelo redescobrimento Ocidental das culturas Orientais, sobretudo apartir do século XIX com o Orientalismo, e terminando na actualidade, iremos constatar que a presença masculina na Raks Sharki tem sido uma constante que infelizmente é muito desprezada. Geralmente falamos na castração que o sexo feminino tem sofrido ao longo de décadas e através de certas culturas, e em particular na cultura Mulçumana, mas esquecemo-nos de observar o outro lado da questão! SIM OS HOMENS TAMBÉM DANÇAM!!! E NÃO É SÓ A DANÇA ORIENTAL... ELES VÃO ÁS DISCOTECAS, FAZEM BALLET, DANÇAS DE SALÃO, ETC. E POR AMOR DA SANTA NÃO DIGAM QUE SÃO HOMOSEXUAIS/EUNUCOS/TRAVÉSTIS PORQUE ISSO É PRECONCEITO!!!
Para finalizar gostaria de fazer um pequeno apontamento ao facto de existirem diversas danças masculinas por todo o Médio-Oriente, tais como a Dabke, o Tahtib, a Tanoora muitas das quais inspiraram bailarinas e mulheres a desenvolver a sua dança e a sua performance ou apenas por ser uma forma de emancipação feminina no mundo árabe. Exemplo disto é o Tahtib.
.
Boas danças,
Maria*
P.S - Como complemento a este post sugiro que leiam a entrevista "Dança do ventre: tabus e verdades por Joana Saahirah" postada aqui neste blog. Nela poderão compreender melhor o papel do homem na Dança Oriental, que de todo não lhe é alheio!

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