Olá queridos seguidores,
Sem dúvida alguma que fazer formação fora do nosso país significa um alargar de horizontes. A partilha cultural é algo que faz transcender-me na minha individualidade. Por outro lado participar num dos grandes festivais da cena internacional da Dança Oriental é... SEM PALAVRAS!!! Sobretudo porque pude acompanhar o que por lá se passava no backstage da gala nacional onde dançaram as queridíssimas e talentosas Mahtab.
Que conselhos apreendi neste festival... hummmmm vejamos as minhas interpretações do que nos foi transmitido por lá:
RESPIRAR!!! (Gamal Seif)
É verdade, sempre ouvi dizer que não deviamos aplicar a respiração aos nossos movimentos corporais, mas em Barcelona redescobri que a pudemos integrar na dança como sendo parte da coreografia ou improvisação. É OBVIO QUE INCONSCIENTEMENTE JÁ O FAZEMOS SENÃO CAIRIAMOS REDONDOS!!!... Mas pensar na respiração como sendo um movimento independente e integrado é bem diferente do que necessitarmos dela para sobreviver. Claro que não devemos usá-la para ajudar na realização dos movimentos, como por exemplo o camelo, pois todos os movimentos na Dança Oriental resultam de um trabalho independente e isolado ao nivel da estrutura óssea e muscular.
Em que é que melhora a nossa performance? Melhora tudo em termos de rendimento e de prestação em palco - ajuda a relaxar, a retomar energias, a concertar e a estar presente na música, e sobretudo a criar dinâmicas...
Onde é que a devemos aplicar? Pois bem, se estivermos a ouvir a musica com atenção iremos concluir que até a própria música nos indica em que momentos o deveremos fazer!!! Sigam o coração e o vosso ouvido;)
GESTÃO DE ENERGIAS (Jillina)
Ou seja gestão dos diferentes momentos da coreografia ou improviso. Por vezes a música pede para ficarmos no mesmo sitio ou para nos deslocarmos com grandes movimentos en tournée por todo o palco, pede que seja sentida ou interpretada, pede ainda que haja o contacto com o público ou orquestra. Escutarmos a música e aquilo que ela nos pede é meio caminho andado para criarmos diversas dinâmicas dentro da própria coreografia ou improviso e isso resultar numa boa gestão de energias mas sobretudo numa performance bem sucedida.
FUSÃO SÓ QUANDO A MÚSICA NOS DIZ!!! (Amir Thaleb)
Ok, aqui está um aspecto que provocará em muitos de vós a vontade de me torcidar!!!Apesar de pertencer a um grupo de fusão, de participar em eventos mais alternativos e até mesmo sendo uma pessoa de mentalidade aberta, sou essencialmente uma defensora da arte da Dança Oriental no seu estado mais Clássico e Tradicional... algo que naturalmente tem têndencia para desaparecer em determinados contornos. Embora também faça e pertença à fusão sou da opinião de que esta só faz sentido se a própria música o indicar. Como é que se dança um Flamenco - Árabe ao som de uma música Pop ou de um Baladi?! É o mesmo que fazer omeletas sem ovos!!! ok estou a exagerar mas é apenas uma forma de me fazer entender. Não digo que esteja errado até porque todos nós temos o direito à liberdade de expressão mas para mim apenas isto faz sentido. Se a dança é música em 3d então a fusão tem de estar implicita na música.
Bem, por hoje é tudo!!!
Espero que tenham gostado,
Maria de Mendonça;)
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